terça-feira, 22 de novembro de 2011

Anatomia Canina

ESTUDO DA DENTIÇÃO DOS CÃES

Foi avaliada a dentição de 100 cães adultos sem raça definida, machos e fêmeas, com o objetivo de investigar as variações anatômicas. A ausência congênita de molares foi observada em cães de pequeno porte; a ausência patológica predominou na região dos pré-molares; houve maior frequência de dentes supranumerários na arcada superior, predominando os molares; foram observadas raízes supranumerárias em pré-molares e molares superiores e inferiores; e grande número de raízes fusionadas, predominando no segundo pré-molar inferior.
MATERIAL E MÉTODO
Foram utilizados 100 crânios de caninos adultos, machos e fêmeas, sem raça definida, com
apenas a dentição permanente presente na cavidade oral. O material foi obtido de cadáveres cuja morte ou eutanásia não incluía razões de patologias dentárias. Os crânios foram preparados conforme técnica convencional de maceração. Todos os dentes foram cuidadosamente identificados e extraídos de seus alvéolos de forma que suas raízes
permanecessem intactas. Os dentes foram analisados macroscopicamente quanto ao número, forma e posicionamento. Não foram feitas radiografias.
Foi aplicado o teste estatístico do Quiquadrado da independência entre dois atributos (tipos de dente x alteração) em nível de significância de 5%.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O cão foi escolhido para este trabalho por ser o animal de maior rotina na clínica veterinária
para procedimentos odontológicos e, assim sendo, com maior probabilidade de complicações durante este atendimento em decorrência de alterações anatômicas dentárias.
A idade e o sexo dos animais não interferiram nos dados coletados, pois foram
utilizados, no experimento, animais adultos e com apenas a dentição permanente na cavidade oral. Foram utilizados animais sem raça definida pela facilidade de obtenção para estudo, e por ser de maior número o atendimento na clínica de odontologia do Hospital Veterinário da Universidade Federal de Uberlândia. Pode-se, em outros estudos, comparar os resultados deste trabalho com os de trabalhos utilizando animais de raça definida.
A técnica convencional de maceração foi eficaz na preparação dos crânios estudados.
Foram estudados 4190 dentes num total de 100 cães. O número estudado diferiu do número
esperado (4200), devido à ausência congénita ou patológica de 37 dentes, e à presença de 27 dentes supranumerários. Os resultados estão dispostos nas tabelas l, 2 e 3.
Dentes supranumerários: dois cães apresentaram um incisivo superior permanente supranumerário, que se encontrava alinhado aos demais, sem perda de osso alveolar e sem reabsorção das raízes. Os incisivos supranumerários foram observados em molares extras sem distúrbios oclusais ou apinhamento. Dois cães apresentaram bilateralmente um molar superior supranumerário distai ao segundo molar. Oito cães apresentaram um dente distal ao
terceiro molar inferior, com formato semelhante a este, porém menor, e em três desses cães a alteração era bilateral. Segundo St. CLAIR (1975), um quarto dente molar inferior poderia ocorrer quando houvesse espaço, no entanto, o que se notou no presente trabalho
foi que, em alguns cães, não havia esse espaço e o dente supranumerário provocou apinhamento. Foi observada maior frequência de dentes supranumerários na arcada superior, concordando com os estudos de SCHWARZE & SCHRÕDER, (1984), EVANS (1993), e DOLE & SPURGEON (1998).


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