quarta-feira, 30 de setembro de 2009

PROCESSO DE ENVELHECIMENTO

Decréscimo no sistema imunológico


Outra decorrência do envelhecimento, o sistema imunológico já não funciona de modo eficiente e o cão idoso está mais sujeito a desenvolver doenças infecciosas e, nestes casos, a infecção se apresenta com mais gravidade do que num cão jovem. É importante manter seu velho amigos com todas as vacinas em dia. Infestações de pulgas, carrapatos e vermes devem ser imediatamente combatidas.
Diminuição da função cardíaca
À medida em que o coração de seu amigo canino envelhece, ele perde um pouco de sua eficiência e deixa de ser capaz de bombear a quantidade de sangue necessária (num certo intervalo de tempo). As válvulas do coração perdem um pouco de sua elasticidade e isto também contribui para uma diminuição de sua eficiência de bombeamento. A válvula mitral é a que está mais comumente envolvida nestes quadros, especialmente entre as raças pequenas. Alguma mudança na função cardíaca é normal. Entretanto, as mudanças mais severas podem ocorrer em cães que tiveram algum problema cardíaco quando jovens, apresentam algum problema congênito ou, como nos humanos, quando estão muito acima do peso adequado. Exames para um diagnóstico correto, como radiografias, eletrocardiogramas (EKG) e ecocardiogramas devem ser feitos. Vários medicamentos podem estar indicados, dependendo do tipo e da gravidade de cada caso.
Diminuição da capacidade pulmonar

Os pulmões também perdem sua elasticidade durante o processo de envelhecimento e a capacidade de oxigenar o sangue também pode estar diminuída. Alguns problemas cardíacos podem fazer refluir líquidos para os pulmões que, gradualmente, ocupam o espaço do ar tornando o cão ofegante e facilmente cansável. Cães idosos também tem mais tendência a terem infecções respiratórias.
Diminuição da função renal

Com a idade, os animais correm um maior risco de doenças renais. Isto pode ser devido a mudanças no próprio rim ou como resultado da disfunção de outros orgãos, como o coração - que se não estiver funcionando direito, diminuirá o fluxo sangüínio ao rim. A função renal renal pode ser medida através de exames bioquímicos no sangue e análise de urina. Estes testes podem identificar problemas antes de que sintomas físicos os denunciem. O mais frequente sinal de doença renal que pode ser observado pelos donos é o aumento marcado no consummo de água e na eliminação de urina, mas isso geralmente não ocorre até mais ou menos 70% da função renal estar perdida.
Se os rins não estiverem funcionando normalmente, dieta e medicamentos podem auxiliar o cão idoso a eliminar os resíduos tóxicos produzidos pelo funcionamento normal biológico.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

NECESSIDADES A SEREM OBSERVADAS


CALOS

É comum para cães idosos de raças maiores desenvolver calos em seus cotovelos. Parte da razão para isto acontecer é a tendência dos cães idosos de serem menos ativos e permanecerem mais tempo deitados, especialmente se a superfície é dura. Providenciar uma cama macia, almofadas ou um simples colchonete, pode diminuir o problema e os ossos de seu amigo irão lhe agradecer. Cremes ou óleos amaciam a região.
UNHAS

Assim como vemos mudanças no pelo, as unhas mudam e tendem a tornar-se ressecadas e quebradiças. Devem ser aparadas com cuidado e regularidade para prevenir acidentes. Uma vez que estes cães fazem menos exercícios, também existem menos oportunidades para um desgaste natural de suas unhas.
MOBILIDADE

A artrite é uma ocorrência bastante comum em cães idosos, especialmente em cães de grande porte ou em cães com um espaço maior entre as patas dianteitas e traseiras, como os Dachshunds and Bassets, raças com tendência a doenças intervertebrais (do IV disco). Cães que tiveram acidentes ou algum problema em suas articulações quando jovens também tem tendência a desenvolver artrite quando envelhecem. Assim como nos humanos, a artrite pode causar apenas um pequeno enrigecimento ou se tornar uma limitação debilitante e terrivelmente dolorosa. Os cães podem ter dificuldades em subir ou descer escadas, pular para dentro do carro ou mesmo erguer-se rapidamente quando acordam.
Chondroitin e glucosamina em doses específicas, como em Drs. Foster, Smith Joint Care e Cosequin, podem ser de grande ajuda. Existe muita literatura veterinária e humana sobre o uso destes medicamentos. Remédios anti-inflamatórios e para a dor como aspirinas, iboprofen e outros, também são recomendados mas podem causar gastrite e úlceras. JAMAIS administrá-los em jejum ou por longo tempo.
Exatamente como com os músculos humanos, os cães idosos mais inativos tendem a perder tonicidade e massa muscular e isto pode tornar seus movimentos mais difíceis e, assim, eles se movem menos, etc.: um círculo vicioso se instala. O exercício moderado é importante: caminhadas mais curtas e freqüentes, oportunidades para nadar sem stress e por um tempo curto, ou outras rotinas semelhantes, devem ser pensadas para manter os músculos em atividade mas sem lesionar ou extenuar o animal.
Rampas, banquetas para manter seus pratos de comida e água numa altura confortável, camas com colchonetes ortopédicos, roupa ou cobertor para mantê-los aquecidos, etc., são coisas que auxiliam os cães idosos a manterem uma maior qualidade de vida.
PROBLEMAS GASTRINTESTINAL (constipação)

`A medida em que os cães envelhecem, o movimento da comida através do trato digestivo torna-se mais lento. Isto pode resultar em constipação. Ela é mais comum em cães que experimentam algum tipo de dor ao defecar, como aqueles com displasia de quadril ou displasia da glândula anal. A inatividade também contribui para a constipação. Este quadro pode também ser sintoma de outras doenças, razão pela qual esta é uma indicação para uma avaliação veterinária. Dietas com maior quantidade de fibras e, eventualmente, laxativos, podem ser recomendados. Também é importante que o cão disponha de água fresca à vontade.

Processo de Envelhecimento dos Cães

Assim como acontece com os humanos, esperamos que algumas mudanças ocorram no bordel corpo de nossos animais à medida em que eles envelhecem. Estas mudanças podem não ser as mesmas em cada espécie. Em alguns animais, como os pequenos cães de companhia, problemas cardíacos são comuns, enquanto que nos gatos, por exemplo, os rins podem ser os primeiros órgãos a dar sinais de envelhecimento. Podemos ajudar, de muitas maneiras, nossos animais de estimação a enfrentar e se adaptar a estas mudanças: diagnosticando precocemente os problemas, usando medicamentos e suplementos apropriados, modificando o ambiente, a alimentação e suas atividades, assim como a maneira como interagimos com estes velhos e queridos amigos.
1. Mudanças em necessidades nutricionais
À medida em que os cães envelhecem, seu metabolismo muda e diminuem suas necessidades calóricas. Estas, em geral, decrescem uns 20%. Em função de um simultâneo decréscimo de suas atividades, não devemos alimentá-los com o mesmo volume de comida que fazíamos quando eram jovens porque, deste modo, irão inevitavelmente ganhar peso e tornarem-se obesos. A obesidade é um dos maiores problemas de saúde em cães idosos e contribui de modo decisivo para o surgimento ou agravamento de outras patologias. Além de diminuirmos as calorias, devemos procurar aumentar o volume de fibras e diminuir a gordura em sua alimentação. Dependendo da orientação veterinária, agora também será a hora de acrescentarmos suplementos e vitaminas à sua alimentação. Claro que a diminuição de +- 20% de seu alimento deve ser feita de forma gradual.
Guia geral de recomendações de alimentação para cães idosos:
• Objetivos maiores:
1. Manter a saúde e o peso ideal para a idade;
2. Impedir ou tornar mais lenta a progressão de doenças;
3. Minimizar ou melhorar os sinais clínicos de doença existente.
• Rotina diária consistente, afim de minimizar o stress;
• Multiplas refeições diárias com intervalos regulares;
• Alimentos agradáveis e com odor mais forte;
• Dieta com baixa proteína, pouca gordura e de boa qualidade;
• Cuidados dentários rotineiros;
• Exercício diário moderado;
• Dieta terapêutica quando necessária.

2. Mudanças no pelo e na pele
Do mesmo modo que os humanos, o cão idoso pode apresentar gradual embranquecimento dos pelos, principalmente no focinho e ao redor dos olhos. Seu pelo pode se tornar mais fininho e sem brilho, ainda que isto também possa ser sintoma de doença ou deficiências nutricionais. Suplementos de ácidos graxos podem auxiliar a restaurar um pouco do brilho original da pelagem mas estas mudanças sempre devem ser acompanhadas por um veterinário. Cães mais velhos podem necessitar de escovação mais frequente, com atenção especial ao abdome e à área anal. Escovação é uma ótima maneira de se ter um tempo gostoso com nossos velhos amigos caninos, que vão adorar esta nova rotina. A escovação também é uma ótima maneira de se detectar pequenos tumores na pela ou outros problemas e de ter a oportunidade para poder apalpar o abdomem e as mamas em busca de qualquer alteração suspeita.
A pele dos cães mais idosos torna-se mais fina, menos elástica e mais propensa a machucados. Alguns cães podem também desenvolver múltiplos tumores benignos de pele (ou verrugas) que não devem ser removidos a não ser que sejam alvo de machucados freqüentes. Tumores cancerosos também podem ocorrer. Pele seca pode ser um problema para alguns cães idosos e ácidos graxos podem ajudar a aliviar isto.
3. Calos
É comum para cães idosos de raças maiores desenvolver calos em seus cotovelos. Parte da razão para isto acontecer é a tendência dos cães idosos de serem menos ativos e permanecerem mais tempo deitados, especialmente se a superfície é dura. Providenciar uma cama macia, almofadas ou um simples colchonete, pode diminuir o problema e os ossos de seu amigo irão lhe agradecer. Cremes ou óleos amaciam a região.
4. Unhas quebradiças
Assim como vemos mudanças no pelo, as unhas mudam e tendem a tornar-se ressecadas e quebradiças. Devem ser aparadas com cuidado e regularidade para prevenir acidentes. Uma vez que estes cães fazem menos exercícios, também existem menos oportunidades para um desgaste natural de suas unhas.